//Forever Imperfect
ABRAÇA-ME
quinta-feira, junho 21, 2012 @ quinta-feira, junho 21, 2012 | 1 Comment [s]


Prólogo.



“Você precisa aceitar isso, Sofia”. As palavras do médico entravam e saiam da minha cabeça a cada novo segundo. Quer dizer que eu tinha uma doença e não podia fazer nada em relação a isso? O que era isso na verdade? Havia tantas coisas na minha cabeça naquele momento, que como sempre não pensei duas vezes e deixe o médico falando sozinho. Sai. Sem rumo, sem orientação, sem chão e mais desesperada do que nunca.
Corri em direção aos lados mais altos da cidade em que nasci e cresci. Subi sem respirar incansavelmente e admirei a cidade lá de cima. Respirei o ar puro por mais alguns minutos, sentada olhando o lugar que amei viver desde criança e que agora não era nada para mim além de uma simples cidade pacata do Rio Grande do Sul.

Eu precisava acabar com tudo. Com a agonia, com a dor, com as incertezas dentro de mim, precisava me jogar dali.

                                              


Um

Eu não vim aqui para descobrir que
há uma fraqueza em minha fé



E u me lembrava nitidamente do dia em que recebi a pior noticia de toda minha vida. Chovia muito. Tenho a plena certeza de que nunca vou esquecer aquele dia. Certeza maior porque todo o dia de hoje me faz lembrar dele. Não só por fazer exatamente um mês, mas também por estar chovendo, o que deixa as lembranças cada vez mais nítidas em minha mente a cada misero segundo que se passa dentro desse quarto de hospital.


“Sofia, você está atrasada”. Diana estava me gritando para irmos para a faculdade. Cursávamos o mesmo curso e morávamos juntas fazia seis meses em uma cidade relativamente grande do interior de São Paulo em um apartamento grande o suficiente para nós duas e, claro, para os nossos dois melhores amigos folgados que passavam a noite em nossa sala quando bebiam de mais em certas festas. Tudo era como um verdadeiro conto de fadas moderno para mim. Eu estava longe de casa – o que não significava que eu não sentia saudades. – cursava o curso dos meus sonhos na faculdade dos meus sonhos, tinhas três melhores amigos loucos e vivia a vida da melhor maneira que podia e que sabia ser dentro do que meus pais gostariam. Respeitava a memória das duas pessoas mais importante da minha vida, as duas as quais eu havia perdido há três anos atrás em um fatídico acidente de carro graças a um bêbado que voltava de alguma festa de carnaval pelo Brasil a fora, não tinha rancor, graças a Deus alguma coisa nesse país funcionava – mal - e ele estava pagando pela morte de meus pais, sabia que sentir raiva, ódio ou qualquer outro tipo de emoção rancorosa não me daria meus pais de volta e nem amenizaria a dor de perdê-los por isso sempre procurava viver da maneira como fui criada mesmo que meus amigos me chamassem de careta uma vez ou outra. “Já vou” gritei de volta mesmo estando paralisada na frente do espelho ainda sem blusa observando as novas manchas roxas em meu corpo e o novo tom de minha pele. Eu sempre havia sido branca e como dizia Jonas toda vez que me via com biquíni eu era mais branca que o próprio leite o que contrastava com meus cabelos loiros e ondulados que desciam pelas minhas costas que agora estavam tampando algumas das manchas roxas e um pouco da minha pele que parecia mais um papel velho – amarelo e manchado- do que a minha própria pele normal.




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