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terça-feira, junho 19, 2012 @ terça-feira, junho 19, 2012 | 0 Comment [s]
 Sinto saudades. Sinto falta. Uma falta que me aperta o peito, enche os olhos de lágrimas e me faz sonhar acordada. Falta de algo que nunca me pertenceu. Como é possível sentir a falta de algo que nunca me pertenceu? Não consigo pensar em uma resposta concreta. Talvez, esteja enlouquecendo. Ou talvez a carência tenha encontrado uma frestinha em minhas barreiras, e se alojado em meu coração. Não sei. Apenas sei que sinto saudades. Uma saudade que sufoca e que me tira o ar toda vez que meus olhos cismam em procurar os teus. E por incrível que pareça, eles encontram o brilho do teu olhar. Um brilho, que me faz recuar. Que faz com que meus olhos fujam, por puro medo do que podem encontrar no fundo do teu olhar. Uma saudade que faz com que a coragem e o medo se confundam. E me confundam também. Essa falta fez com que buracos negros fossem abertos em meu coração, e com que feridas quase cicatrizadas, abrissem novamente. Essa saudade me faz chorar por abraços que nunca foram dados. Por palavras que nunca foram proferidas. Por sentimentos que nunca foram correspondidos e se quer, demonstrados. Essa saudade não é novata. Aliás, é uma velha amiga de meu coração. Uma saudade que pensei estar finalmente curada. Pensei que finalmente havia me livrado dela. Cheguei a guardá-la em uma caixinha, com letras grandes em um vermelho vivo, denunciando o perigo que se encontrava, ao fundo dela. Guardei essa caixinha no fundo do meu coração, tranquei em uma sala escura, e escondi a chave. Muito mal escondida por sinal. Agora, ela está de volta. Voltou para me tirar o sono, para me fazer trocar os sonhos por diálogos inventados, que jamais serão feitos. Que me faz escrever um novo conto de fadas a cada dia, e me mostra que esses contos não irão se tornar realidade. Talvez livros, ou até mesmos filmes. Mas, reais, isso eles nunca serão. Essa saudade me joga na cara que não tenho o controle de tudo. Muito menos dos meus sentimentos. Mostra que você não pode ser trancado e abandonado no fundo do meu coração. Mostra que talvez seja você, o que sempre procurei e apenas não quero ver. Mas, agora eu vejo. Percebo. Talvez seja você, que chegou de mansinho, sem querer absolutamente nada, quem roubou meu coração.Ou não. Só sei que essa saudade não é algo normal, mas no amor nada é normal, não é mesmo? Vou esperar tudo isso passar. Esperar com que essa falta seja preenchida, nem que seja com filmes melosos e batidos. Apenas sei que vou tentar outro plano. Não vou deixar com que essa louca e estranha saudade volte. Nunca mais. Marcadores: CARTA PARA ALÉM DOS MUROS, FELICIDADE, lembranças, SAUDADES, VIDA, você |
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Nik Nur Najla. Najla for short.
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